Parei de ficar só pensando e começei a escrever.

Estou seguindo conselhos, principalmente os meus mesmos.

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Nome:
Local: Recife, Pernambuco, Brazil

Quer me conhecer? "Leia-me"

13.5.09

Para que tanta buchecha?


Posso saber por que tanta pose? Por que tanta bochecha? Por que tanta dobrinha? Ja sei... é para a vovó apertar tudo né? Nhac, nhac, nhac.... hummmmm. Gostosa demais da conta! Esta é a mais nova da família, fruto do casamento da minha filha Camila - SOFIA.

12.5.09

Sou coruja mesmo!

Para não fugir a regra de que toda avó é coruja, tenho que atualizar as carutchas da minha prole secundária. Estão muito lindos! Este é o Ben 10 disfarçado - João Lucas.

Este é meu Indiana Jones - Pedro Henrique.



A da direita, com a máquina na mão. Está é a minha princesinha - Maria Vittória.


Meu bolinho de leite - Sofia.

Será que estou voltando mesmo?

Faz tempo... muito tempo que não paro por aqui. Oooô vidinha virada no danado! Nem sei se voltei, se estou chegando, se vou chegar, se estou longe ainda. A questão é que estou aqui agora. De noite as palavras continuam rondando na minha mente, mas agora está mais complicado escrever na semi escuridão, o óculos está ficando fraco, estou dormindo mais pesado ou estou me sentindo mais cansada. Mas só cansaço; não é desânimo. Muito pelo contrário... tenho certeza que alguém leu meu blog sobre eu estar procurando um emprego e... olha só, arrumei um! Já pensou se todo o desempregado fizer um blog? Quem sabe o desemprego desaparece. Para não ser mais uma na estatística da crise, a gente tem que assoprar, assobiar e chupar pirulito (ou será chupar cana?) ao mesmo tempo, não pode deixar espaço para pensarem que você está com algum tempo livre. Ouvi dizer que o dia diminuiu, que a terra está girando mais rápido. Será que é por isto que não dá tempo para fazer tudo e que nos cansamos mais depressa porque estamos dormindo menos, porque as horas diminuiram ou qualquer coisa parecida? Afffff.......

11.7.08

Itagiba

Nossa amigo, difícil a comunicação! Está é específica para você. Tentei postar recado no seu orkut. Impossível!! Tem como mandar a foto da turma do Santa Clara? Estou super curiosa, adoraria voltar tantos anos.

20.2.08

Muito trabalho.

Puxa vida, faz tanto tempo... quase esqueci que tinha um blog. Pois é, a vida não está nada fácil, estou batalhando prá caramba e agora sei que está mais perto meu tempo de colheita. Queria tanto ficar feito Tio Patinhas!!! Amigos, trabalhava de segunda a segunda, das 08 às 21h. Nos permitimos, agora, o domingo de folga e a segunda de noite. Segunda de noite? Vou voltar a escrever; sinto falta. Achei fantástico um comentário que recebi.... estou morando em Recife faz 39 anos. Lembraram de mim da época que estudei em São Paulo!!!!!!! Não é fantástico! Me achava tão inexpressiva.... Itagiba, adorei mesmo. Postei um recado prá vc junto do seu. Bjs a todos.

3.7.07

Você aí...

Ei... tem um emprego aí prá mim? A cada dia que passa sinto o quanto é complicado ser demitido na minha idade. Não que eu seja ou me sinta velha. Tenho bastante experiência. Isto faz com que sejamos velhos? Faz com que sejamos mais caros, talvez. Mas eu não me sinto à venda, só quero trabalhar. Tá começando a me dar saudades daquela velha frase: oba, hoje é quinta feira (vai uma cerveja), quase final de semana. Começamos a pensar: como fazer render apenas dois meteóricos dias, com tanta coisa a ser feita? Talvez se não dormirmos... Quando amanhece a segunda-feira... sempre faltou algo que não tivemos tempo para realizar. Uma coisa está sendo boa nisto tudo: meu marido pode me alugar até de manhã, pois não tenho que acordar cedo mesmo! Continuamos a conversar até de madrugada, só que agora tem uma diferença... eu consigo prestar atenção (quase até o final). Pois é, ele ainda está devendo a continuação daquela história. Vou falar a verdade: ele escreveu e eu não sei onde coloquei o papel! Tô dando um tempinho, tenho que pegar ele de jeito, pois ele é meio impaciente. Um dia ela sai. Voltando ao trabalho... não estou mais tão preocupada; o maridão tá abrindo um negócio para eu tocar. Ele sempre diz: eu sou o macho da relação... e faz tudo por mim. E ainda dizem: não se faz mais marido como antigamente! Muita incompetência de quem fala! Assisti um filme neste final de semana passada que o cara dizia assim prá mulher: Você é minha imaginação em forma de mulher! E acho que é por aí. Tenho deixado explodir o lado criativo do meu marido em mim e o resultado é fantástico. Ele imagina, experimenta, eu experimento junto a ele. Temos vivido experiências prá lá de explosivas. E podem tirar estes pensamentos sórdidos da cabeça... não é nada isso. Talvez só um pouquinho. Parece que estou rezando... começo a oração e quando me apercebo estou pensando em milhões de outras coisas e não terminei a oração. Começei a falar de emprego e já estou falando em experiências explosivas. Será que eu fazia isto no trabalho também? Será que fui demitida por isto?

21.6.07

Meu sumiço.

Andam me questionando porque não tenho mais postado nada. Minha vida adentrou por caminhos nunca esperados. Estou na fila dos desempregados!!!!! Correndo como louca, tentando meu espaço - que me é de direito. Sempre lutei por isto. Não tenho dúvida alguma de que vou conseguir - sempre consegui, mas tenho que ir à luta sem perda de tempo. Uma luta contra o tempo. Fiquei preocupada pensando que minhas idéias tinham me abandonado. Esta semana provei para mim mesma que não. Apesar de ter sido um caso específico, ou seja, impublicável, consegui escrever sem parar tudo que veio do fundo do meu coração. As palavras não fugiram, o pensamento fluiu do jeito que ele sempre deve fluir. É desta maneira que eu gosto de escrever. As palavras fluem de tal maneira que quando percebo já está tudo ali no papel. Então... sei que tudo é uma questão de tempo e, principalmente, de momento. Eu volto, podem apostar.

25.5.07

Ahhhhhhhh.......

Penso... logo existo. Escrevo.... mas ando com preguiça. Patético!

15.3.07

Serenata em Caruaru - Capítulo 1


Estávamos já deitados, preparados para dormir, quando meu marido resolveu me fazer uma serenata, com sua voz rouca e sensual. Ta bom... (não) é (lá) tão sensual assim (os parênteses são dele). Na hora que fechei os olhos ele disse: agora você vai dormir bem gostoso, vou cantar para você. NÃOOOOOOOOOOO!!!! Por favor, deixa eu dormir! É o mesmo que eu falar para ninguém. “Bom dia meu amor, estou chegando agora, o dia já raiou, passei a noite fora. Não chore meu amor, não faça isso comigo, eu não estou embriagado, é que eu tomei um trago com meu melhor amigo. Sou louco por ti meu amor, veja... não esqueci de trazer-te uma flor como prova deste amor que sinto por ti” . Cantou inteirinha! Quando ele percebeu que eu não conseguia dormir, resolveu me contar uma história, um encontro de amor, ocorrido em Caruaru; ela começava com a chegada do mocinho na cidade. Passo agora, a transcrever as palavras dele. “Desci na estrada, como era de costume. Andei até a parada do ônibus e quando dei com a mão aquele burrinho de patas dianteiras rebaixadas e cromadas parou ao meu sinal. Subi no lombo do burro e encaminhei-me pela rua, deixando um rastro de bosta por onde passava. Cheguei ao hotel, aquele tapete vermelho... com um rasgo bem no meio. De repente aquela moça veio me atender e disse com aquele sotaque nordestino: ara, não se acomode pru mode disso. Levou-me ao quarto de luxo, um ventilador e uma cama. Saímos do quarto e me levou ao banheiro no fim do corredor. Lembro-me... ao entrar no banheiro levantei a tampa da privada... estava cheia de bosta, até em cima. Foi quando ela me disse: não se desespere. Abriu o armário... estava cheio de penico, de cima a baixo. Dentro do banheiro comecei a sentir aquelas dores e pedi que ela saísse. Abri o armário e saquei um penico todo melado. Ao terminar aquela grande obra, tentei me desfazer da mesma. Olhei pela parede e vi aquela janela. Daí vi que era por ali que a bosta ia desaparecer. Peguei o penico e joguei janela abaixo, quando ouvi aquele grito: Oche, tá chovendo merda! Voltei para o quarto meio melado. Atirei-me na cama quando a mesma desabou. Estávamos eu, o colchão e o estrado no chão. Pensei: este é meu hotel! Quando, de repente, me lembro de ter que acordar as 7h. Olhei para um lado, olhei para o outro, nada de telefone, nada de interfone. Quando escuto do quarto aquela suave voz dizendo aos berros: ACORDE-ME AS 6. Abri a porta e disse em seguida: ACORDE-ME AS 7! Foi uma noite longa, cheia de mosquitos e marimbondos. Lembro-me de sentir o cheiro do café preparado na noite anterior. Aquele cheiro de ovo, de fubá, de leite fervendo...” Eu não acreditava em tudo que estava escutando; pena que eu não possa passar a entonação. Ria... pedia para ele parar... queria dormir. Arghh! O resto da história eu conto amanhã, pois é muito longa e eu dormi antes do final, mas ele me prometeu continuar hoje de noite.

6.3.07

Sue

Esta é a criatura que não pode passar um dia sem falar comigo e sem dizer que me ama. Vai, tá bom... eu também não consigo passar um dia sem falar com ela e sem dizer que amo também. Irmãs, amigas, cúmplices, almas gêmeas. Nos conhecemos há tantos anos, mas nunca conseguimos ficar muito tempo juntas. Moramos em cidades diferentes; trabalhamos em bairros distantes. Mas nunca nada abalou a nossa amizade e nem foi empecilho para que ela não chegasse no estágio que chegou. Nossa ligação é intensa demais, sempre! Por um oi meu ela já sabe qual meu estado de espírito, se algo me aconteceu, se estou triste, se estou alegre, se estou de saco cheio, se estou preocupada e vive-versa. Se precisamos chorar, esperamos que a outra tenha tempo de escutar; se queremos dar risada, esperamos que a outra possa escutá-la primeiro. Fofoca? É com a gente mesmo, adoramos falar da vida dos outros. Segredos? Incontáveis! Inglês, francês e italiano? Ela fala melhor que qualquer um que conheço; o problema é conseguir entender!!!! Mesmo distante conseguimos compartilhar tudo, como se estívessemos num mesmo espaço; se não compartilhássemos algumas coisas, as mesmas não teriam a mesma graça. É isso. SUE, amo você!

28.2.07

Trem Bala?

Em 1991 participei, por coincidência, da última viagem do luxuoso Trem de Prata que fazia a linha Rio-São Paulo (constatei que não era mais luxuoso como foi nos seus tempos de glória). Comprei passagens para uma cabine dupla, pois estávamos eu e minhas duas filhas, então com 10 e 11 anos. Para nós que nunca tínhamos viajado de trem, seria uma aventura e tanto. De coração na mão, finalmente embarcamos. Adoramos a cabine cheia de truques, entre eles uma cadeira que se transformava numa privada! Quisemos sentir o gostinho dos filmes de caubói, passando de um vagão para o outro; só faltou darmos um pulinho para saltar até o vagão-restaurante tendo alguém correndo atrás da gente de arma em punho. A cama era um beliche; fiquei no de cima, pois ela chacoalhava tanto que tive medo de uma delas caírem. Pensei: como seria bom ter um cinto de segurança na mesma. Mas enfim, foram 9 loooongas horas mal dormidas de viagem, morrendo de medo que o mesmo saísse dos trilhos. Bastaria termos entrado, dado uma volta e saído do trem direito para o aeroporto. Com certeza teria sido o suficiente e menos desgastante, mas não me sentiria fazendo parte da história. Sinto-me mais uma personagem dentro da história das ferrovias do Brasil! Fizemos a última viagem do luxuoso e romântico Trem de Prata, cortando a noite e a paisagem sem fim, coisa que só nos cinemas poderíamos ver (www.sescsp.org.br). Tudo isso que falei foi para chegar à Veja desta semana (28/02/07) – Roberto Pompeu de Toledo – O humor lúgubre que domina o país. Resumindo, o Roberto fala sobre a retomada do projeto de um trem veloz (bala) entre Rio e São Paulo. O que me levou a escrever, foram os comentários feitos desde que este projeto ressuscitou. É incrível como rimos de nós mesmos, como conseguimos facilmente fazer piadas dos nossos políticos, do nosso país, da nossa vida, do nosso dia-a-dia. E o pior é que somos nós mesmos que ajudamos a criar toda esta situação! Eis alguns dos comentários: “Será o trem bala... perdida?”, “Se esse trem é bala mesmo, deve começar pelo vidro, à prova de bala”, “A obra será orçada em mil, antes do seu início já terá custado dois mil, antes de um décimo ter sido realizado já terá consumido cinco mil e em seguida será paralisada por ‘falta de verbas’”, “Quando assentarem o último trilho, já roubaram os outros”, “Continuo com a suspeita de que é melhor pagar logo a comissão aos interessados e não fazer nada do que arcar com micos e mais micos”, e um último “Alguém aí lembra do Trem de Prata?” Quem quiser mais, dá um pulinho na coluna do Xico Vargas, no site NoMínimo. Piada!

22.2.07

Carol e Vivi.

Há alguns meses postei fotos da minha filha Camila, no noivado dela. Estou devendo as fotos do casamento. Aguardem. Ela estava ralmente linda! Corujices a parte.... ela realmente é linda. Mas não fico por aqui, tenho outra filha linda, que me deu dois netos mais lindos ainda. Um deles é o bebê abaixo com meu marido, a outra é esta princesinha que está com ela. Existe obra mais linda e perfeita do que nossos filhos?
Apresento minha filha Carol e minha neta Maria Vittoria.

14.2.07

Um blog de primeira

Não sei como inserir o nome de outro blog no meu blog. Hummmm... santa lerdeza! Tenho preguiça de ficar lendo "Ajuda". Por isso, mando meu recado por aqui mesmo até que alguém me ensine como fazer. Entrem num endereço muito bom, de uma pessoa que eu adoro e sou fã: http://www.robertoklotz.blogspot.com/. Mulheres... se quiserem ver o rostinho dele, desçam os textos e vejam-no brindando... "se" morram de inveja.

12.2.07

Ciclista

Hora de almoço, um sol de lascar... saio correndo do trabalho para fazer um depósito no banco. Mixaria. Salto alto, calça preta, cabelo solto. Cinco quarteirões. Deposito e volto correndo para o escritório, pois ainda tenho que almoçar. Um calor alucinante; pela correria já estava suando em bicas, louca para chegar no ar condicionado. Não conseguia pensar em outra coisa. Na calçada que eu estava andando - três homens. Vindo pelo meu contrafluxo, uma bicicleta. Quando cheguei perto dos homens, escuto-os chamando pelo ciclista que deveria estar com pressa, pois deu uma reduzida legal para responder ao chamado, talvez preocupado, pois não me pareceu conhecer nenhum deles. Ele acabou parando, com o suor escorrendo pela testa. Aí um dos homens falou: ei... a porta está aberta! Esqueci o calor e voltei para o escritório me acabando de tanto rir. Besteira né? Mas uma boa tirada.

Ele

Meu maridão. Tudo de bom. Vida... adoro você! O bebê? Meu neto, João Lucas.

6.2.07

Eu












Entre uma frase e outra, hora do recreio, um sorriso, um flash.

31.1.07

Casada!

Pois é, casei novamente, depois de longos 25 anos de solteirice. Não foi exatamente um casamento. As coisas foram acontecendo, e quando nos demos conta, estávamos morando juntos. Concessões novamente! É interessante, depois de tantos anos, estar morando com um homem. Pude perceber quantas manias inventei em mim mesma. Manias inocentes, manias chatas. Novos hábitos virão, como por exemplo jantar as 11hs da noite, fazer vitamina de mamão de manhã, deixar de pendurar minhas calçinhas no registro do chuveiro (ichiii), em determinadas horas ter que trancar a porta do banheiro (opssss), voltar a cozinhar depois de tantos anos, me preocupar em fazer o que ele gosta, ficar insegura se o tempero vai agradar, não poder deixar a preguiça falar um pouquinho mais alto, não pensar amanhã eu ajeito. Ele é elétrico, não pára nem quando está dormindo; as vezes me faz cheirar parede; sua noção de espaço é meio controversa. Fala demais, brinca demais, escuta música o tempo inteiro, preenche o silêncio por completo. Conversamos demais sobre qualquer coisa, basta começar um assunto que eles não param de surgir, damos muitas risadas juntos relembrando o quanto aprontamos no passado, aí eu resolvo olhar a hora (temos que trabalhar no dia seguinte, afinal) - caramba... 2hs da manhã! Nos damos boa noite com vontade de não dormir, de não partir tantos momentos mágicos, tantos momentos de cumplicidade, tantos momentos de amor. Enfim, tudo diferente! Parece que é meu primeiro casamento. Com uma diferença: não é uma paixão de adolescente, mas é um sentimento que vai se fortificando aos poucos, com uma troca intensa de experiências, de vivência, é um bem-estar muito grande, uma troca de carinhos fantástica, sem a loucura do ciúme. É a maturidade nos dando a segurança que não tínhamos quando adolescentes, é o saber que não vamos morrer de amor se não der certo; com isso, conseguimos viver intensamente um dia de cada vez. Como os sentimentos são diferentes! Abri mão das minhas leituras noturnas, hoje tenho com quem trocar idéias. Deixei de dormir com as galinhas; muitas vezes durmo com o som do galo cantando. Tirei a sorte grande - ele não ronca! Acordar com um beijo, com um carinho, com um bom dia rouco, com um braço na cara, uma perna perdida no meio das minhas, ou ele, entre aflito e nervoso, dizendo Rosana, levanta, vc perdeu a hora! Conseguimos dar risadas no meio de uma discussão, fazendo-nos esquecer dos motivos que levaram a ela. Quando não damos estas risadas, a parada fica pesada; eu sou um pouco geniosa, ele é genioso.Como sempre, em tudo que faço - estou me permitindo, mais uma vez, viver intensamente e está sendo maravilhoso. Maridão, adoro você!

19.1.07

Última novidade.

Faz tempo que não escrevo. É que casei. Na verdade não casei, "juntei". Não importa a nomenclatura, estou em lua de mel por uns dias. Antes, a cabeça só pensava nisso. Agora, a cabeça continua pensando só nisso. Estou feliz e vou curtir muitão. Depois volto a escrever.

8.1.07

Beto

Este meu amigo Beto é um caso sério. Não deixa passar uma!
Vai... tá bom Beto, não foram só duas palavras - nove então? Conto as conjunções também?Tá bom, a cabeça pensou uma coisa e eu escrevi outra. Vale? Tem que levar tão ao pé da letra? Então fiquemos assim: Bonitonas e jovencitas.

22.11.06

Duas palavras


Fiquei um tempo pensando o que escrever nesta foto. Resolvi escrever apenas duas palavras, mas que dizem tudo: As bonitonas e jovencitas do pedaço - Eu e Graça.

10.11.06

Tempo

Parece que a magia e o encantamento estão batendo novamente na minha porta! A vida é maravilhosa demais e como ela trabalha é intrigante! Li uma vez: quando a gente pensa que sabe todas as respostas chegam novas perguntas. Ainda bem que tudo começa num ponto: o tempo. O tempo opera milagres na vida da gente, é só dar tempo ao tempo; o mesmo tempo que não apaga, mas reconstrói, nos mostra o seu valor e o quanto deste fantástico tempo perdemos não acreditando no tempo. Por isso tenho certeza, hoje, que sempre é tempo, desde que nos permitamos este tempo.

9.11.06

Noivado da Bibu e do Rafael




Foi um dia muito lindo, de muita alegria e de muito amor. Foi contagiante a alegria. O ar transpirava amor e felicidade. Sinto o maior orgulho dos dois. A luta foi grande, mas eles chegaram até aqui. Que seja assim, sempre. Amo muito vocês.

7.11.06

E por fim...

Parece que eu vou e volto nos assuntos; pode parecer tudo errado, mas prá mim tá tudo certo, desde que seja feito o que eu quero. Não poderia deixar de fechar o assunto sobre minha viagem a Brasília sem algumas fotos e principalmente sem brindar com meu amigo Beto Klotz.



Tim tim, amigo tão querido!

Meio atrasado... mas aqui estão algumas fotos de Brasília.

Uma vontade realizada.
Catedral
Aqui escutei dois tipos de ecos, muito interessantes por sinal.
Um dos maravilhosos jardins de Brasília.

1.11.06

VLAD MI

Em baixo: VLAD, Bosco e Eu. Em cima: Bosco Jr e Júnior.

Mesmo que cronologicamente atrasado, agora vou falar do Vlad. O atraso se deveu ao fato da foto ter chegado atrasada; não ia ter graça falar dele, sem saber quem ele é. Mas não tem problema; data aqui é o que menos tem importância. Em que pese já ter falado antes e postado outras fotos, vou explicar desde o começo como foi que conheci o Vlad e o que ele significa para todos que o freqüentam (permito-me, neste caso, falar em nome de todos). Sempre caminho o mesmo trecho, a pé, para chegar em casa quando volto de ônibus. Apesar de várias vezes ter feito o mesmo caminho, nunca tinha dado atenção aos lugares por onde passava. Era um caminho automático, pois ia pensando em milhões de coisas que tinham acontecido durante o dia ou que iriam acontecer no dia seguinte... essas coisas. Neste dia... há dois quarteirões de casa, num boteco de esquina, vi uma televisão de 29’, em cima de um balcão, passando o DVD do show dos BEE GEES, exatamente no momento em que estava tocando Night Fiver. Parei. Meu corpo não quis obedecer minha mente... Estava presa ao som que tantas lembranças provocavam. Vi-me dançando entre uma sessão e outra, a tarde inteira dentro de um cinema há muitos anos atrás – Embalos de Sábado a Noite. Por menos que quisesse, dei boa noite e fui para casa. No dia seguinte, estava passando o show de Reginaldo Rossi, no momento em que ele cantava A Raposa e as Uvas. Grande época, grandes farras, turma maravilhosa. Não tinha me conscientizado ainda, mas já estava apaixonada por aquele pedaçinho de chão – O Tempero da Mamãe, que muito carinhosamente, vim a chamá-lo de Bar do Vlad. Doida para ficar, mas, mais uma vez, dei boa noite e fui para casa. Da terceira vez estava com uma amiga e não resistimos. Muito timidamente, sentamos e pedimos uma cervejinha. A recepção foi tão calorosa que nos prometemos voltar na 6ª feira seguinte. De fato voltamos e fomos recebidas com muito carinho. Cervejei, dancei, dei muita risada, fizemos amizades e voltei para casa feliz com minha nova descoberta e doida para chegar a 6ª feira seguinte. A partir de então, minha passagem por lá já era prestando atenção por onde estava passando. Quando chegava lá, comprimentava a todos, surgiam convites para um copinho rápido ou para comer uma fatia de abacaxi. Cerveja só na sexta, eu agradecia, mas o abacaxi não tinha como dispensar. A propaganda boca-a-boca é fundamental. A turma começou a aumentar. Nas quintas, as mensagens pelo celular começam a ser passadas: sexta no Vlad. Dos encontros semanais têm surgido muitas comemorações, várias idéias, mínimos detalhes se transformando em grandes motivos para grandes brindes. Isso, para mim, é tudo uma desculpa. Na verdade, toda vez que estou lá, estou comemorando a vida, a alegria, a amizade. Minha filha ficou noiva lá no Vlad e foi o máximo. Regras essenciais, implícitas e cumpridas a risca: respeito, dançar muito, se divertir como se não houvesse amanhã, aumentar cada vez mais a nossa mesa, que agora já se transformou na mesa de todos, e como não poderia deixar de ser, uma proteção fantástica para nós mulheres. Cada uma tem vários guarda-costas à paisana. Coitado de quem quiser chegar perto tirando graçinha!!!! É isso gente, eu amo o Bar do Vlad. Quem quiser abraçar a nossa mesa não precisa avisar, é só aparecer. Todas as portas estarão abertas! Sempre!

30.10.06

Eleições

Estou sempre ligada nas notícias da internet. Neste final de eleições, saiu uma matéria interessante. Devo confessar que, para mim, tudo que transcreverei abaixo foi novidade, pois não assisti a nenhum horário político, em nenhum dos dois turnos. Não sou alienada. Tinha meus candidatos desde sempre, com toda convicção. Nada mudaria minha opinião, como de fato não mudou. Não tapo meus ouvidos nem meus olhos; como disse, obtenho todas as informações via internet, e mesmo com todas as informações, conversas, etc, continuei convicta do meu voto. Ponto. Voltando à matéria mencionada, fiquei estarrecida com a competente criatividade de alguns candidatos e mais ainda com a competência de alguns deles em obterem votos, nem que fosse apenas um. Pelo menos alguém, ou ele próprio, acreditou que poderia surgir algo de bom pela Pátria amada. Tiro meu chapéu para eles. Houve casos em que não houve sequer o voto do mesmo. Não compreendo! Bom, isso já é outra história. Voltando... cito aqui alguns exemplos de promessas desacreditadas: Ceguinho de Olho no Futuro (como assim????), Hélio Gaguinho, Claudinho Político Gago, Edson Garganta, Gargantinha de Ouro, Quem-quem, Alexandre Fala Sério, Bosco Faro Fino, Chiquinho Arara, Boca da Verdade, Júlio da Retífica, Jobson Metalúrgico, Chumbinho Mecânico, Lili Soldadora, Dr. Maluf Médico do Coração, Dr. Saulo Médico da Família, Dra. Fátima Santos Super Mãe, Dr. Roberto Médico da Baixada, Dr. João o Médico do Povo. A falta de moradia não foi levada a sério nos casos: Gilson dos Sem Tetos, Pouca Telha, Pelé da Sucata, Antônio do Ferro Velho, Cézar da Reciclagem, Jorge Cata Lixo. Estes não poderão mostrar do que seriam capazes: Zé Liberal, Felipe Radical, Darci Chutando o Balde, Edileuza Andrade Sai de Baixo. Não foram ungidos Domingão Homem de Fé, Abençoado , O Poeta de Cristo, Edinaldo Filho de Deus, Serginho Carismático, Zeca Diabo, Júlio César O Conciliador, Geraldinho O Iluminado, Natanael O Profeta (acho que o pessoal ficou invocado por conta do Jucelino – aquele do tsunami!), Matias O Escolhido. Houve aqueles que não conseguiram trocar suas montarias pelo mandato: Bubu Pé de Serra, Perna de Pau Capivara, Zé do Burro, Bira do Jegue. Que pena... estes não mudarão de profissão: Abeneir O Coveiro, Zé do Canil, Wanderley do Bilhar, Palhaço Pirulito , Joaquim do Alto Falante, Aurora Baú da Felicidade. A festa destes acabou ficando sem som: Neneca do Pistom, Tonho da Sanfona, Genário Sanfoneiro. E para concluir deixo meu recado para a Lila-lá. Não desista... lembre-se do Lula-lá!!!!

27.10.06

Brasília

Propus-me a ser feliz a cada novo amanhecer. Propus-me a escrever, da melhor forma, a história da minha vida. Quando posso, dou uma de louca. Tive um desses acessos de loucura e resolvi viajar. Minha vontade era São Paulo, passando rapidamente por Brasília, pois queria ver o Beto de qualquer jeito. Fui só à Brasília. Que viagem maravilhosa! Meu amigo querido, que não via há 30 anos, me ciceroneou em tempo integral. Devo dizer aqui que não conhecia seu lado excêntrico. Para não ter perigo de não reconhecê-lo (o que achava impossível) ele disse que iria levar um sanduíche de mortadela com um tomate enorme, bem vermelho, e que ficaria balançando (o tomate, é claro – chamaria mais atenção) cada vez que saísse alguém pelo portão do desembarque! Ele tinha sugerido também que eu gritasse o nome dele bem alto, pois todo mundo ouviria, inclusive ele, caso não me reconhecesse. Como sou meio tímida, achei a idéia do tomate melhor. Brincadeiras a parte (houve muitas delas...), é claro que nos reconhecemos. Ele me mostrou a cidade. Brasília é apaixonante! Comento aqui apenas aquilo que senti. Senti o calor do sol ao amanhecer, senti toda poesia de um pôr do sol, vi o brilho da lua num céu límpido, escutei ecos, escutei a voz da terra, vi cores maravilhosas nos jardins, entrei em monumentos de tirar o fôlego, li e escutei histórias que fizeram muitas de nossas histórias, saí da terra da tapioca para descobrir e saborear uma maravilhosa tapioca de carne seca (charque) com mandioca (macaxeira), fiquei de pilequinho duas vezes, me emocionei no Santuário de Dom Bosco, senti o vento refrescar minha alma numa altura de 30 m, na torre da TV, molhei meu pé na água gelada do fantástico lago Paranoá, delirei quando cruzamos a ponte JK. Devo ter ficado com cara de boba um monte de vezes, no Alvorada, no Itamarati, no Catetinho, na Catedral, no Templo da LBV, no Congresso; eu não acreditava em tudo que estava conhecendo; não tinha nada a ver com fotos que já tinha visto, com as imagens passadas em televisão. Foi mais um sonho realizado! Beto é um cara e tanto; me fez rir durante 4 dias seguidos, me encantou, me emocionou, me fez chorar, encheu meus olhos de beleza, de brilho, me entupiu de pizza, cozinhou para mim uma de suas muitas deliciosas receitas culinárias, me apresentou sua salada maravilhosa, me fez lavar louça. Enfim, voltei renovada, com o coração recheado de momentos marcantes e lindos. Fica aqui a sugestão para quem não conhece Brasília, vá conhecê-la. É linda! Valeu Sr. Klotz!

26.10.06

Fotos no Bar do Vlad

Eu, Jairo e Camila (minha filha)Sandra, Jairo dos zóião azul e Eu.

24.10.06

A bunda.

O que fazer quando se tem uma bunda indesejada sentada no nosso ombro dentro do ônibus? a) Dar uns trancos com o ombro? Não deu certo. b) Olhar para a bunda com ar de quem não está gostando dela? Também não deu certo; ela não enxerga. c) Ficar se mexendo, mudando de posição? Também não deu certo; acho que ela pensou que meu ombro estava tirando um sarro com ela. d) Perguntar o que fazer para seu vizinho de cadeira? Que atônito, olha para você com cara de bunda (também?): será que ouvi direito? e) Rezar para alguém vagar logo um assento e rezar mais ainda para aquela bunda ser esperta e pegar logo o lugar. Que situação! Tem gente que não se manca, que não tem noção de espaço, de inconveniência. Tive sorte neste caso. Meu vizinho de cadeira saiu(aquele com cara de bunda), e o dono daquela bunda incoveniente, sentou do meu lado. Ele era meio gordo, pois a lateral da bunda gorda dele ficou apertando a lateral da minha bundinha. Eu mereço continuar andando de ônibus!

23.10.06

Mais uma....


Mais uma foto. Precisa dizer onde estávamos? Claro que no bar do Vlad. Casal fantástico - Pixo e Sandra.

18.10.06

Sumi... mas não desapareci!

Pois é... sumi. As idéias andam escapando da minha mente. Ou serão as palavras? Será a criatividade que anda preguiçosa? Muita correria, viagem, mudança de empresa, muita gente nova na minha vida, sextas noturnas intensas. As histórias existem, brincam com minha cabeça de pega-pega, esconde-esconde. Mentira minha.... a criatividade não está preguiçosa, tadinha! Acho que faltam as palavras se agregarem corretamente. Preciso contar da minha maravilhosa viagem a Brasília; consegui realizar um sonho e ainda mais com um guia em tempo integral, que me mostrou Brasília com toda sua história, todos os seus bastidores, encantos e poesia. Preciso contar sobre a minha mais nova descoberta – O Bar do Vlad, que tanto tem alimentado minha alegria pela vida nas noites das sextas feiras. Gostaria de falar de novos reencontros inesperados. Da última vez que andei de ônibus e o inesperado não ocorreu dentro, mas assim que desci do mesmo. E o principal... gostaria de falar da esperança e da força do meu amor, que não desanima, que não desiste, que persiste, que acredita no reencontro. Pois é.... sumi, mas não desapareci!

24.8.06

Seu Jerônimo

Dias destes voltei para casa de ônibus. Consegui um lugar lá trás, na última fila de bancos. Minha estimativa de viagem era de uns 15 minutos, considerando um pouquinho de trânsito. Desta vez, quis que a viagem tivesse demorado muito mais tempo. Duas paradas depois da minha, subiu um homem miudinho (1,50m + ou -), cabelo tipo Roberto Carlos, bem vestido, roupa escura. Entrou calado, sentou nos degraus da porta de saída, tirou o sapato do pé direito e posicionou-o no degrau debaixo. Da mochila tirou um triângulo. Caramba, o que será que vem por aí? pensei. Quem conhece o interior de um ônibus sabe que tem uns trilhos no chão, principalmente nos degraus. Pois bem, ele posicionou o triângulo em cima do trilho, pé descalço no degrau debaixo. Eu só observava, curiosíssima. Que figura! Começa, então, o espetáculo. Sim, porque foi realmente um espetáculo. Está no ar a Raidio Supapo, um sucesso atrais do oitru. Nisso, o triângulo já está trabalhando numa harmonia perfeita com o trilho do degrau e com as batidas do pé descalço e a música que ele começa a cantar (que voz fantástica)... num me arranhe não minha gatinha (neste momento pensei que tinha um casal de gatos transando no ônibus, a gata aos gritos, pois a sonoplastia era perfeita)... o telhadio de laje güenta nóis... miauuuuuuuu.... shhhhiii....... fssssss..... Quando acabou esta música do casal de gatos, seu Jerônimo anunciou: a pedido do cobrador, vou cantar agora a música “O amor da muda e do mudo”. Lá pelas tantas a música dizia ... tava tão gostoso que a muda quase falou.... os mudos tem seus segredos... maaaaaaannnn..... mumhhhhhhhhhhh.... e por aí iam as trocas de juras de amor dos mudos. Pena que não deu tempo de anotar a letra das músicas, composições dele mesmo. Quando acabou, ele começou a passar nos bancos, sob aplausos, e receber o cachê daqueles que se dispunham a dar. Várias pessoas pedindo bis, ou pedindo outras músicas que já conheciam, sim, porque ele já era conhecido de muitos passageiros usuais dos ônibus. Quando estava chegando minha hora de descer do ônibus fiz questão de apertar sua mão e pedir que, por favor, não desistisse nunca. Seu Jerônimo, pessoa simples, mas que está escrevendo sua história. E que história! Agora, tenho prestado atenção em todas as paradas de ônibus, na esperança de encontrar Seu Jerônimo de novo. Preciso pedir um autógrafo para ele!

24.7.06

Volto logo.

Pois é.... várias pessoas me perguntaram: E aí, que aconteceu? Desistiu de escrever? Não, não desisti. Só estou em "manutenção". Nenhum reparo muito sério, alguns fusíveis queimados apenas. Oscilação de tensão...

20.6.06

Acontece cada uma...

A situação era caótica. Perplexa, olhei para cima com jeito desamparado. Que situação! Angustiada pensei que aquele momento deveria ser de silêncio total. Bastava um mínimo de atenção para sentir o constrangimento no ar. Gostaria que ninguém se estendesse em palavras; o olhar já estava mais do que suficiente para que eu me sentisse pequenininha. Estava sendo um momento compartilhado por muitos, todos atônitos, o que deveria ser reconfortante, mas não era. Ao mesmo tempo em que eu queria levantar, meu corpo estava paralisado, me sentia apertada, suja, meu suor (de nervoso) exalava um cheiro estranho, como se a podridão do mundo estivesse impregnada na minha roupa. Aí o que eu mais temia aconteceu; lá no fundo escutei uma risada abafada. Não tinha mais o que fazer, não tinha outro jeito; joguei fora a vergonha, desabei na gargalhada e pedi para me ajudarem, pois estava entalada num latão de lixo, no meio da rua.

17.6.06

Caso sério

A tal da TPM é um caso sério. Acho que todas as mulheres falam isso. É um assunto super abordado, mas que, no meu ponto de vista, não tem como cair na repetição, por mais que seja falado, discutido, estudado.É uma experiência nova a cada mês, sempre uma surpresa. Eu, pelo menos, nunca sei o que vai acontecer comigo quando ela está para chegar. Nos consome uma média de 120 dias dos poucos 365 dias do ano. Tento explicar como ocorre a mudança (pelo menos comigo) e não consigo. Simplesmente sinto que tudo mudou. Para pior, é claro! Quando acordo o olho já abre torto, quando ele quer abrir. Primeiro sinal de que ela está chegando. Deste segundo em diante, a probabilidade do mundo ficar torto pelos próximos 10 dias é de 100%. Acho que o pior de todos os sintomas é o mau humor, principalmente para quem não pode ficar de mau humor por conta do trabalho, como eu. O sorriso acaba saindo, mas o olhar deve ser de sair correndo. Lembro uma vez que estava num dia destes. Saí do trabalho num dia frio, chuva fina gelada, 2 ônibus, todas as janelas fechadas, uma suvaqueira de arder no nariz, trânsito básico das 7 da noite de São Paulo, sabendo que quando chegasse em casa ainda teria que fazer o almoço do dia seguinte para minhas filhas (que provavelmente teriam preguiça de esquentá-lo e comeriam sanduíche), que provavelmente não estariam em casa, provavelmente não teriam lavado a louça do almoço, provavelmente não teriam colocado os gatos para dentro de casa, provavelmente não teriam arrumado a sala, e muitos provavelmentes por aí a fora. É verdade, a TPM nos faz um tanto quanto pessimistas, ou ficamos mais realistas, menos tolerantes?
Finalmente cheguei em casa, molhada, vale dizer. Entrei em casa. As probabilidades começaram a tornar-se reais. As meninas não estavam. Entrei bem devagarzinho na cozinha, achando que desta vez eu poderia estar errada. Não só não tinham lavado a louça como a pia estava entupida, água quase transbordando e, pelo aspecto, toda a louça da casa suja. Foi subindo uma quentura, mas uma quentura... Atirei panela, bati na água com a palma da mão, emporcalhei mais ainda a cozinha, me molhei inteira.... Expirei, inspirei... expirei, inspirei, contei até 2045 e começei a tomar atitudes. Bom, entre mortos e feridos, apenas uma panela amassada. Pois é, é assim mesmo, ficamos a um passo da insanidade. Depois passa, e a vida volta ao normal como se absolutamente nada tivesse acontecido. E ainda nos passa pela cabeça que todos têm que entender. Hoje existem vários tratamentos para a TPM, várias estratégias para dribá-la. Tento todas; consigo controlá-la. E agora que estou mais controlada, há poucos dias leio na internet que inventaram a SPM – Síndrome Pós Menstrual!!!!

14.6.06

O Galo

Depois de anos seguidos de convites e recusas, resolvi conhecer o Galo da Madrugada in loco. Para quem não conhece (o que acho quase impossível) é o maior bloco carnavalesco que se tem conhecimento. Estava numa fase super feliz, de bem com o mundo e com todos. Isso é um aspecto importante para quem se dispõe a tal experiência. Minha filha, Bi, ia e insistiu para que eu fosse com ela. Confesso que fui também com um espírito protetor. Compramos ingresso de um dos camarotes, perucas coloridas, camiseta de alçinha, bermuda e chinelos. A calor prometia ser brutal. Saímos às 7h da manhã, de ônibus. Impossível chegar lá de carro. Quando chegamos no camarote vimos que era o primeiro da rua de trás da passarela do galo. Enfim, era o que ela tinha conseguido comprar. Frustradas, fomos dar uma volta, pois ainda era muito cedo. O Galo começava só às 9h. Passamos por um dos camarotes mais badalados, deu cinco minutos na Bi e ela me disse: Mãe vamos vender esses ingressos e comprar deste camarote com os cambistas. Bichinha determinada essa. Para resumir tanto vai e vem, ela venceu os dois lados pela persistência. Encheu tanto o saco que conseguiu vender e comprar os novos pela metade do preço, perto da hora de começar. Os fogos estouraram, corremos para dentro do camarote que, na verdade, era um terreno grande com uma pequena tenda armada no meio e um palco para as bandas convidadas que iriam tocar nos intervalos dos trios. Comecei a ficar desconfortável às 11h da manhã. A quantidade de pessoas era assustadora, o barulho do palco tocando concomitantemente com os trios elétricos (intervalos teóricos) estavam me deixando meio tonta, surda, desarvorada. Não conseguia definir que música tocava num e noutro. Como eu estava de bem com o mundo e com todos, resolvi tentar aproveitar. Ensaiei vários passos. Era impossível manter um ritmo: uma música em cada ouvido, estávamos enlatadas, não dava para ver nossos pés de tanta gente em tão pouco espaço, e olhe que o terreno era grande! Que fosse fora do ritmo mesmo, então. Começou a me dar claustrofobia. Saí de baixo da tenda e fui para céu aberto. Sol a pino. Vou ter uma insolação, pensei. Estava começando a me desesperar. Sem opção de saída, me esforcei. Olhei para os lados, para a rua, pensando numa saída. Naquele momento, não existia. E o Galo? Não ia passar? Já eram quase 3 da tarde e eu não tinha visto nada daquilo que ouvi durante anos. Totalmente fora de mim, disse a minha filha que ia embora, não agüentava mais, que o Galo fosse para aquele lugar. Paciência. Como sem ver o Galo mãe? Ele já passou faz uma data! EU NÃO TINHA VISTO O GALO? Indescritível o que senti naquele momento. Depois de tudo quanto passei não tinha visto o Galo? Meu estado de ânimo não melhorou nadinha quando lembrei o quanto teríamos que andar para poder tomar um ônibus de volta para casa, uns dois quilômetros mais ou menos, considerando que estava em pé desde as 8 da manhã (não tinha onde sentar no camarote, a imundice no chão era nojenta). Eu delirava em cima dos meus mais intensos desejos: um banho bem gostoso, uma roupa limpinha, cheirosinha, já podia sentir o cheiro do meu travesseiro de ervas... Já estava começando a ficar de mal do mundo e de todos. Consegui chegar em casa as 6 e meia da noite, exausta, dolorida, mal humorada, fedendo todos os suores possíveis e imagináveis, escandalosamente irritada depois de quase 2h num ônibus lotado, todo mundo imundo e cheirando nhaca. Fui tomar aquele banho, colocar aquela roupa limpa e não pude dormir. Fui cantar parabéns para meu neto que fazia um ano naquele dia. Galo da Madrugada? Tenho que responder?

13.6.06

Verde e amarelo

Finalmente o grande dia chegou. Força total nos pensamentos pintados de verde e amarelo, camisetas, bandeiras, bonés, brincos, pulseiras, colares, chinelos... uma overdose de verde e amarelo.Dizem que mulher não entende de futebol. Particularmente acho que nos dias de hoje o homem abrir a boca para falar isso é burrice, haja vista tantos exemplos femininos ligados ao futebol, falando, comentando, jogando, analisando o esporte com tanta propriedade. Mas se isso faz bem a vocês homens, podem falar a vontade. O importante é o que sabemos, não temos nada para provar a ninguém. Só isso. É obvio que juntamos o útil ao agradável. Técnica e beleza. Por que não? Sabemos que a recíproca é verdadeira. Não carrego a bandeira de boa entendedora, não fico batendo boca sobre futebol. Apenas gosto, curto futebol, e não só em época de copa. Homens e mulheres, o coração bate do mesmo jeito, com a mesma força. Não existem times diferentes. Torcemos pelos mesmos jogadores, vestimos a mesma camisa. Vamos às cornetas, aos apitos, aos gritos, vamos todos numa boa, tomando uma boa com a turma dos B.O.A. Vamos fazer com que a força da nossa emoção chegue a seleção.

9.6.06

Vamos às chuteiras

Muitas vezes estive a ponto de chutar o pau da barraca. Tive que respirar profundamente e pensar seriamente até onde eu poderia me arrepender, ou até onde iriam as conseqüências do meu chute. Na maioria das vezes eu apostei e continuo apostando no chute. Posso me afogar em lágrimas depois, o que não é muito difícil, mas não sei ser pela metade. É verdade, sou impulsiva, porém verdadeira. Acho tão complicado entender os meio-termos... Uma das vezes em que quis chutar, e chutei, foi quando trabalhava para o Governo, nos idos de 80. Eu queria muito mais do que estava vivendo e eu tinha que ser radical. Se eu ficasse pesando os prós e contras eu poderia perder alguma oportunidade ou mesmo não tomar decisão nenhuma. Pedi licença e abri bem meus olhos. Consegui durante quatro anos, as oportunidades apareceram, depois, para não ser demitida, tive que voltar para o governo. Foram quatro anos que fiz de tudo um pouco. Não sou de dizer: não sei fazer. Não consegui ficar muito mais tempo no governo novamente. Lembram do Café Paris? Chutei o pau da barraca de novo, fiz minha trouxa e fui embora para São Paulo, mudando minha vida radicalmente em 20 dias. Afinal de contas tinha uma missão pra lá de importante. O que faz com que eu me sinta compelida a mudanças de uma maneira não muito ortodoxa? Acho muito difícil explicar um sentimento; é algo muito abstrato. Um amigo já tentou me passar como ele sente o lado abstrato e eu tentei entender. A única coisa que entendo verdadeiramente é que quero tornar o meu abstrato no meu real. E luto por isso, pois como já disse, quero escrever a história da minha vida de maneira intensa, inesquecível. Sinto que quero chutar o pau da barraca quando começo a sentir ansiedade, quando começo a sentir que quero algo estrondoso acontecendo na minha vida. Não vim para reclamar da vida, acho que é por isso que quero tanto conhecer, mudar, inovar, sentir, experimentar. Às vezes eu chuto o pau e esqueço de chutar estando do lado de fora da própria. Acho que estas cabeçadas fazem parte da vida e são elas que nos levam a ter lembranças, independente de serem boas ou más. E se pensarmos um pouquinho até das más a gente acaba dando risada depois de um tempo. É isso. Preparem as chuteiras... estamos em época de Copa... vamos chutar pra valer.

Comentários

Quero deixar registrado aqui um protesto. Existe um espaço no blog para comentários. Tenho recebido vários comentários no meu e-mail e no meu orkut e raríssimos no próprio blog. Não estou achando ruim, estou adorando, porém QUERO COMENTÁRIOS NO BLOG. Pode ser? Pode? Pode? Pode? Deixem seus constrangimentos de lado. Que sejam comentários bons, ruins, críticos... não interessa. Preciso de comentários. Estou deixando de lado todos os meus receios, toda a minha timidez, toda minha vergonha, e me expondo a todos. Façam o mesmo; vou amar.

6.6.06

Linguagem coloquial

Meu amigo lindíssimo, o Beto, fez um comentário comigo sobre outro trabalho que estou desenvolvendo e que ele achou importante eu fazer uma determinada colocação em algum momento.Vou fazer esta colocação aqui também. Gostaria de deixar claro que minha linguagem é coloquial, simples, sem rebuscamentos. Acho mais gostoso, dá mais leveza tanto no escrever como no ler. Gosto de escrever assim, como se estivesse falando, sem parar muito para pensar, meu jeito no dia-a-dia. Se eu parar, a idéia me ultrapassa e eu não consigo mais alcancá-la. Apesar deste descompromisso, procuro não cometer erros crassos. Não escrevo para pensarem que estão diante da “top” em letras, não tenho a pretensão de ser “a” literata. Escrevo porque gosto de escrever.
Se for me aprofundar, usar palavras requintadas, frases metafóricas, podem ter a certeza de que perderei minha espontaneidade, estarei deixando de ser eu mesma. Deixo esta profundidade para outros momentos. Não me sinto desrespeitando minha língua, não me sinto desrespeitando quem está lendo. É isso.

3.6.06

Beliscão na gengiva

Época de ir ao dentista! Época de martírio! Para mim é um caso muito sério, principalmente porque não tenho um dentista fixo, ou melhor, não tinha. Para entenderem preciso fazer uma observação. Nosso primeiro dentista, quando chegamos em Recife, tinha como hobby pilotar aviões. Adorava um manche. Acho que quando ele pegava na broca, se via com a mão no manche na hora da aterrisagem. Era dramático! Voltando... quando vai chegando a época da revisão anual, vou perguntando para um e para outro: você tem algum dentista bom para me indicar? Já perdi as contas de quantas mãos já entraram na minha boca. A última dentista que tive quase tropeçou e caiu em cima de mim tentando arrumar um melhor posicionsamento para mexer na minha boca. Tenho testemunhas! Bom, lá fui eu novamente para uma nova indicação. Logo de cara descobri que ele trabalhou junto com minha cunhada durante 10 anos. Ótima referência. Já comecei a soltar a respiração. Como a primeira consulta era só avaliação teria tempo de conversar com a cunhada para saber realmente que tal era o mocinho. Foi o que fiz e escutei: excelente profissional. Respirei de vez, afinal de contas eram muitos traumas. Lá fui eu confiante à primeira consulta de fato. Sentei na cadeira, e fiquei invocada pois ele disse: vou dar um beliscãozinho na gengiva, rapidinho, não vai doer nada. Era a tal da anestesia. Não registrei direito o que ele tinha falado, estava me sentindo totalmente abandonada na mão de um carrasco. Mesmo respirando, meus traumas continuavam. Que raio de beliscão que doeu até o fio do cabelo, mas dali em diante não senti mais nada. De noite na cama, fiquei pensando no raio do beliscão. Como é possível dar um beliscão na gengiva? Tentei dar um beliscão na minha gengiva. Que situação! Mas esta questão me deixou descontraída para a consulta seguinte. O beliscão dói para caramba, mas é a única coisa que sinto e, pela primeira vez, nunca tive necessidade de nenhum medicamento pós-anestesia. Achei uma mão de anjo. Imaginem uma cinqüentona escutando: não vai doer nada, é só um beliscãozinho na gengiva! Pode parecer ridículo, mas a psicologia dele funcionou comigo. Não abro mais mão do beliscão da gengiva. Se quiserem uma dica....

30.5.06

Tributo a um amigo.

Vou falar sobre um amigo muito querido. EDU. Nossa vida juntos me deu esta autorização. Descobri nele uma pessoa muito especial, mais do que eu pensava que poderia ser uma pessoa especial. Descobri esse a mais num passeio que fizemos de madrugada pela beira mar da praia de Porto de Galinhas. Sabe dessas pessoas que não queremos magoar, mas que sabemos que podemos estar magoando, mesmo sem querer, e mesmo assim somos compreendidos e continuamos sendo amados do mesmo jeito? Este era o Edu!
Nossa amizade começou há sete anos. Ambiente de trabalho sempre acaba rolando uma cervejinha em alguma sexta-feira. Sentamos juntos e começamos a conversar. Não paramos mais. Saímos muito durante estes últimos sete anos. Quando não tínhamos o que fazer, ou um ou outro: vamos tomar uma cervejinha hoje? Se o outro também estivesse disponível, sabíamos que teríamos pela frente uma noitada muito divertida, leve, sem compromisso. A gente se curtiu muito, aprontou demais, com muita liberdade e muito respeito. Brindávamos nossas alegrias e trocávamos nossas tristezas de coração e sentíamo-nos felizes por termos nossos ombros. Como era importante saber que podíamos contar com o carinho um do outro.
Uma das coisas que a gente mais adorava fazer era dançar. Íamos a muitos lugares, dançávamos todo tipo de música, mas o que eu curtia mesmo era dançar com ele ao som das grandes Orquestras. Dessas danças que a gente roda no salão inteiro. Estraguei várias meias de seda, pois era fantástico deslizar com ele no salão e o sapato acabava atrapalhando. Ele adorava esse meu lado despojado. Eu adorava o jeito dele dançar. Como a gente se completava! Nos apoiávamos em tudo. Todo mundo pensava que estávamos juntos e a gente curtia com a cara de todo mundo. Não podíamos ver um fotógrafo. Temos várias fotos juntos que são guardadas como um tesouro. Era tão gostoso que nunca cogitamos viver uma relação diferente daquela que vivíamos. Tínhamos total liberdade nas conversas, não tínhamos reservas um com o outro, até mesmo naquilo que nos incomodava com relação ao outro. Tudo era conversado. Por vezes rolava um stress, dois ou três dias de silêncio. Até que um dia quando abrimos os olhos tínhamos nos beijado. Foi muito gostoso, mas ele sabia que eu amava, e muito, outra pessoa. Apesar dele saber que eu amava sozinha, não importava, eu amava. Conversamos muito sobre este beijo. Acho que nunca um beijo foi tão debatido. Resolvemos tentar nos conhecer de outra maneira; tivemos abertura para esta decisão também. Tentei, de verdade. Nunca conseguimos ir além dos beijos. No fundo sabíamos que este relacionamento não iria muito mais adiante. Eu amava mesmo outro homem. Justamente na nossa caminhada em Porto eu disse que não queria mais levar adiante algo que eu sabia não ter futuro, apesar de amá-lo muito. Amava-o como meu grande amigo que sempre foi, e não queria em momento algum magoá-lo. Ele não virou as costas para mim. Acompanhou todos os passos da minha caminhada, ajudou-me a correr atrás dos meus sonhos, deu forças para eu lutar pelo amor, e quando tropecei foi ele quem me segurou para que eu não caísse, alimentando meu coração com seu amor e carinho. As vezes me pergunto se ele existiu mesmo? Quantas vezes ele me fez ir às gargalhadas no meio do meu choro! Porque não consegui amá-lo? Ele nunca abriu mão da nossa amizade, do seu amor. Apesar de não amá-lo como ele queria, sempre soube que o sentimento que tinha por ele sempre foi muito verdadeiro e intenso. E isso lhe bastou.
Soube a pouco que ele se foi, de repente, definitivamente. Queria que ele fosse eterno. Não pensei que esse dia chegaria tão cedo. Ele me deu tanto amor que não tenho como sentir vazio, não tenho como não continuar sentindo-o presente na minha vida. Suas palavras, sua risada irão ecoar sempre nos meus pensamentos, no meu coração. Sempre e para sempre.

Café Paris.

Estava de férias em São Paulo, há uns bons anos atrás. Uma noite, fui ao Café Paris com um grupinho. Bem, o Café Paris ficava no Butantã, perto da entrada da USP, e era tudo de bom naquela época. Gente bonita, música gostosa ao vivo, músicos pra lá de interessantes, muito jogo de sedução, enfim, adorávamos estar naquele ambiente. Lá conhecemos músicos fantásticos como Renatinho Braz, o Bré e o Jeff que me hipnotizava com uma mecha de cabelo imensa usada como franja, com gel, separada do resto do cabelo por uma tiara. Mas aquela mecha me deixava encantada mesmo quando ele cantava “Nossa Gente” de Gilberto Gil. O visual era maravilhoso. Nunca consegui imitar o malabarismo que ele fazia com a cabeça só para dar movimento àquela mecha dura por conta do gel, e olha que ela mexia! Bom, mas voltemos àquela noite no Café Paris. Estávamos sentados numa mesa no térreo quando a porta abriu e adentrou um Deus Grego, um Apolo. Dizem que eu tenho um gosto pra lá de duvidoso, que ele não era nenhum Apolo. Eu achava. Na hora que eu olhei para ele, pensei: esse é o homem que gostaria de ter ao meu lado para sempre. Só que eu pensei falando alto e uma amiga disse a frase mágica: eu conheço ele.Para encurtar a história, ela o chamou, nos apresentou e convidou-o para sentar-se em nossa mesa e é claro que ele aceitou e é claro que só tinha um lugar disponível na mesa – ao meu lado. Essas “coincidências” da vida, previamente arquitetadas. Conversamos bastante, demos muitas risadas. Aí, bem... aí ele me convidou para dançar. Mas como? No Café não tinha espaço para dança! Não era um lugar para se dançar! A gente inventa um espaço, disse ele animadíssimo, já balançando o corpo. Ok, valia tudo para estar mais íntima dele, até chamar a atenção de todo mundo do Café, pois ninguém estava dançando. Só nós. Não estávamos num café dançante! Bom, quem já não passou por uma situação destas por uma grande causa? Satisfiz os desejos dele de dançarino (ele “fazia” dança de salão) e voltamos para a mesa. Resumindo novamente, nossa noitada terminou às 3h da madrugada, ele levemente embriagado, querendo que eu fosse para seu apartamento. Não quis, não curto homem embriagado. Aí ele resolveu querer me ensinar a dançar forró, sem música, no meio da rua, na frente do Café Paris, afinal de contas ele era bamba em qualquer tipo de dança, pois “fazia” dança de salão não é? Eu deixei. Quando ele terminou, perguntou: e aí, gostou? No que respondi muito delicadamente: Não. Faltou uma coisa fundamental, o encaixe das pernas. Já vi que só o nordestino sabe fazer isso e muito bem feito. Você não encaixou nada. Nunca mais vou esquecer da expressão boba que ele fez, indescritível. Soube dois dias depois, pois é óbvio que nós dois saímos, que ele tinha achado demais o que eu tinha falado sobre o encaixe das pernas. Tinha achado super sensual. Último resumo da história, vinte dias depois, mudei para São Paulo; precisava ensinar o Apolo como se dançava um forró de verdade.

26.5.06

Conversa pelo celular

Estava sentada no banco do Shopping. Gosto de ficar assim, sem fazer nada, esperando a hora passar. Só observando, e acabo escutando algumas coisas. Tinha uma moça sentada do meu lado conversando pelo celular, ou melhor, discutindo. Percebi que a discussão rolava por conta de um horário não cumprido. Fora marcado para as 3h e ele, pois deu para perceber que era ele, tinha chegado às 5h. Foi falado coisas do tipo: se não der, não marque, as pessoas não estão a sua disposição, você pensa que é quem?; pode esperar deitado pois eu não te ligo mais; não agüento mais. E a conversa rolava nestes termos. Determinadas respostas deviam ser tão cabeludas que ela abafava o som de sua voz com a mão, mas teve um momento que eu escutei ela falando: você devia usar esse seu dedo nojento para apertar os números do seu celular e ligar avisando, seu idiota. Uau, tava pegando fogo! Aí, eu fiquei estupefata com o que escutei em seguida: nunca mais vou marcar nenhum horário na sua agenda. Gente, acho que era a secretária do homem!!! Depois, deu uma sonora gargalhada, e eu fiquei sem entender. Louca para rir também.
É bem possível que eu já tivesse desligado, independente do lado que estivesse. Mas ela não desligou, nem ele. Com certeza estava tentando se justificar. Que homem mais nojento mesmo. Estava torcendo por ela. Já que ela não desligava queria mais é que ela escrachasse mais e mais aquele idiota. Que imbecil! Ele era insuportável mesmo. De repente, ela olhou o relógio, disse que precisava sair e que se falariam mais tarde. Como? Ela não disse que não iria mais ligar? Será que ele iria usar seu dedo nojento para ligar para ela?

23.5.06

Saudade

Gostaria de ter postado algo desde ontem, mas não tive muita vontade de escrever. Estou passando por momentos de muitas saudades. Hoje ela está me consumindo, e muito!
Acho que a gente deveria ter um interruptor só para esses momentos. Feito dor de cabeça, quando a gente sabe que ela vem vindo, tomamos um “Doril – a dor sumiu”.
Quero dizer uma coisa sobre esta saudade que estou sentindo. Ela existe, muitas vezes é intensa, dói muito, mas ela só existe porque eu vivi momentos maravilhosos. Se for para vivê-los novamente, que venham as saudades, todas elas. Valeu a pena. Vai valer a pena sempre.

21.5.06

Sonhos

Minha vida está repleta de sonhos e cabe só a mim ir a luta para conquistá-los, saber enxergar as oportunidades que me aparecem e que podem ser a pontinha para se chegar a uma grande realização. No decorrer da minha vida convivi com pessoas que sonhavam muito. Por vezes sonhos muito legais. Apenas sonhavam! No início acreditava, pois eram falados com tanta convicção e aí dava a maior força. Depois de um tempo escutando os mesmos sonhos e nada, passava a não dar-lhes mais credibilidade. Muitas vezes me vi nesta mesma situação e me perguntava o que tanto me impedia de poder realizá-los. Sentia-me profundamente frustrada e paralelo a esta minha frustração, vários amigos conquistando seus sonhos. O que estava de errado em mim? Vinha-me à cabeça uma insegurança muito grande. Não digo com isso que nunca fui atrás de um sonho. Fui, alguns conquistava, mas sempre faltava alguma coisa ou algo dava errado ou diferente da forma como eu queria. Até que um dia me deparei com um sonho de infância e, pela primeira vez, não coloquei nenhuma dificuldade em ir à luta. Não tive medos e nem dúvidas, pois eu tinha certeza do que queria e queria muito. Conquistei mais do que sonhei. Este sonho escreveu uma história intensa e maravilhosa na minha vida. Destas histórias que, para serem lembradas, não precisam de palavras, pois elas foram fincadas no coração, de uma forma definitiva, tal a intensidade com que foram vividas. Depois desta experiência, pude perceber todo um potencial dentro de mim que eu nunca tinha dado a chance de desabrochar. Hoje tenho consciência dos caminhos que eu sei que posso trilhar. A sensação quando consegui dar o primeiro passo foi de pura euforia, e quando consegui chegar no momento da realização foi uma explosão de felicidade. Foi incrível como passei a me sentir mais importante para mim mesma, a me amar mais e a valorizar o que sempre deveria ter valorizado, mas que sempre escondia num cantinho bem escuro dentro de mim. Acho que às vezes não lutava muito por estar me espelhando no sonho dos outros. Não era meu sonho! Deixo aqui uma mensagem de um velho poeta espanhol: "CAMINHANTE, NÃO HÁ CAMINHO; O CAMINHO É FEITO AO ANDAR". A cada passo dado. Então, vamos dar os passos nos caminhos que nos iluminarão por dentro primeiro, sentir a força da vida e termos a certeza de que vale a pena estar por aqui. Acreditemos firmemente que merecemos ser feliz. Sempre! Ponto final.

20.5.06

Sobre o dia de hoje.

Vamos fazer uma reflexão sobre o dia de hoje – 20 de maio. Um dia que deveria ser marcado no calendário de todos de uma maneira bem visível, para que ninguém o esquecesse. Assim... toda vez que o olhássemos a primeira data que veríamos seria este dia 20. Faça sol ou faça chuva. Tanto faz, isso não teria a menor importância. Nada mudaria o brilho deste dia. Então, hoje não vou me estender muito. Só gostaria de agradecer duas coisinhas. O amor que recebo todos os dias dos meus amigos e a chance de tê-los encontrado; esse amor faz minha vida brilhar e ser uma pessoa melhor; e agradecer a meu pai, que apesar de não estar mais fisicamente ao meu lado, juntamente com minha mãe, por estarem presentes em todos os meus passos. Agora vou comemorar este dia maravilhoso – 20 de maio. Hoje faço 48 anos e quero curtir muito e pedir para viver mais outros 48 anos.

17.5.06

Menina Veneno x Motel

Sabem essa coisa de música com cara de motel? Pois é, tem uma que não tenho como não associar a um motel – “Menina Veneno”.
Sempre tivemos a capacidade de associar a música aos nossos grandes momentos, ou pelo menos, àqueles que achávamos ou achamos ser nossos grandes momentos.
Não só música, mas perfume, comida, roupa, etc. Não sei se isso é coisa só de mulher, se homem também tem dessas manias. Há controvérsias. Tenho um amigo que diz que os sexos são completamente opostos – Homens são de Marte e Mulheres são de Vênus. Sempre digo que vou ler, mas não consegui que a dona do livro lembrasse para quem ela emprestou. Não vou comprar, por isso estou esperando alguém me emprestar.
Mas voltemos as músicas. Nos meus tempos áureos (não de motéis), tempos áureos, apenas, conheci muitos lugares. Claro, quem não conhece? Pois então, naquela época, quando acontecia de ir a algum motel, tinha o radinho, não de pilha (aí seria demais!), aqueles radinhos que a gente liga na cabeceira da cama. Uma cabeceira cheia de interruptores, inclusive aqueles que a gente queria apertar, mas tinha vergonha. Eles eram importantes, principalmente quando a gente não sabia o que fazer, como começar, onde colocar as mãos. Os interruptores aliviavam muito o momento. Então, interruptor de cabeceira. As únicas estações que pegavam eram as de música bem brega, bem motel mesmo. Menina Veneno estava no auge.... nossa, a letra era tudo de bom, combinava bem com motel, com o momento. Parecia que quando ela tocava (pelo menos umas 4 vezes, quando não estava na estação do repeteco) a gente se empolgava mais. Tempos bons, tempos que deixaram saudades. Não pelos motéis, nem pela Menina Veneno.
Imaginem um “abajur cor de carne”! Não poderia ser “a luz difusa do abajur lilás”? Imaginem, a adrenalina subir com a Menina Veneno. Era demais! Entorpecedor, era realmente enlouquecedor. Para quem não conheceu ou não lembra da letra, escutem. Imaginem a mulher que inspirou o compositor, quando ele diz “em toda cama que eu durmo só dá você”. Puta mulherão!

Inspiração

Não sei porque, mas a hora que mais me vem inspiração é quando deito na minha cama, morrendo de sono, querendo dormir. Nestas horas, minha cabeça começa a funcionar contra a vontade do corpo.
Reviro os olhos, suspiro... é o jeito, deixo os pensamentos fluírem, e eles fluem até transbordar. É uma viagem!
Ás vezes sou acordada por eles às 3hs da madrugada e não consigo dormir mais. É incrível a precisão no horário!
É um paradoxo – o corpo exausto e a mente a mil por hora.
Quando isso acontece, levanto, poucas horas depois (eles esquecem que eu trabalho!!) me sentindo passada num moedor de carne.
Já cansei de tentar controla-los, ensina-los, entrar num acordo qualquer. Por que não pensar no caminho do trabalho? Ou quando almoço sozinha? Nos finais de semana que não tenho hora para acordar?
Mas não tem jeito, eles são assim mesmo, rebeldes, cheios de direito, cheios de si, de vontade própria.
Quando me esforço e me entrego totalmente a eles, não me arrependo. A caneta desliza, ininterruptamente, vorazmente. Acho que é por isso que eles insistem tanto, não me dando tempo para pensar que não estou a fim de pensar.
Por vezes, perco idéias maravilhosas, por cansaço, por preguiça de abrir os olhos, pegar a caneta e escrever num pedacinho de papel que já deixo embaixo do travesseiro ou na cabeceira da cama. O pior de tudo mesmo é conseguir enxergar o que quero escrever sem óculos, com um olho meio fechado e o outro meio aberto. (??) Difícil!
Em determinadas noites tento faze-los respeitar o uso do meu livre arbítrio: querer pensar ou não querer pensar. Mudo de tática.
Minha mãe ensinou um dia – quando quiser “chamar” logo o sono, reze incontáveis "Ave Maria" (definitivamente não sei fazer com que os carneirinhos pulem a cerca, conseqüentemente, não dá para contar os bonitinhos).
Com todo respeito, não é que começo a bocejar? Aí, começo a me perder na oração. Aí penso – me perdi. Fico invocada e começo tudo de novo.
Paciência!!!!

15.5.06

Como começei.

Sempre gostei de escrever, desde os meus 15 anos. Como toda adolescente, tinha meu caderninho de segredos secretíssimos. Naquela época não existiam caderninhos com cadeado. Estávamos morando em São Paulo, em 1976; meus irmãos moravam com meus avós, mas sempre iam lá em casa, mesmo que não estivéssemos em casa. Eles tinham a chave, é claro; nossa casa, independente de não morarem lá, era casa deles também. Bem, num dia qualquer, um deles foi lá e achou o tal caderninho que eu tinha minhas anotações e começou a folheá-lo. Não sabia como, mas ele tinha ficado encantado com a maneira como eu escrevia, como eu colocava meus sentimentos.
Até quase meus 40 anos, eu era uma pessoa muito insegura e achava que não conseguia expressar bem o que sentia. Sentia constrangimento em expor minhas opiniões achando que os outros iriam achar uma besteira. Até que um dia, numa roda de amigos e conhecidos, alguém que mal me conhecia disse que eu era muito inteligente. Como inteligente? Eu mal abri a boca; aí ele me falou – por isso mesmo, você não abre a boca para falar besteira. Neste momento, comecei a prestar atenção aos meus pensamentos com relação a tudo que escutava, fazia uma triagem, e pude observar como determinadas pessoas gostavam de impor “suas” verdades, mostrar que suas brincadeiras eram as mais engraçadas, que tudo tinha acontecido com ela/ele de uma maneira mais intensa que de qualquer outra pessoa, enfim, vi que esse era um dos motivos pelo qual eu falava o mínimo possível. Percebia que estes fatos eram comentados aos cochichos.
Achava interessante como as pessoas me procuravam para contar suas coisas, a ponto de eu pensar em estudar psicologia, nos idos dos meus 25 anos. Depois de muito tempo percebi que exercitei tanto o ficar calada, que aprendi a escutar bastante e, principalmente, aprendi a ter paciência para escutar. Não é que eu tinha dom para psicologia, era a minha conduta até então que fazia com que as pessoas me procurassem.
Mas voltemos ao meu irmão... ele registrou sua surpresa com os meus escritos num bilhetinho que deixou dentro do meu caderninho, incentivando para que eu não parasse de escrever. Pela primeira vez, alguém estava me vendo de outra forma, diferente até do que eu pensava de mim mesma.
Mesmo com esse estímulo, tinha épocas que não escrevia nada. Passei muito tempo sem escrever.
Até que algo muito forte aconteceu e eu comecei a escrever compulsivamente. E desta vez eu tinha vontade de mostrar a alguém algumas coisas que escrevia.
Mais uma vez meu irmão me deu a idéia - crie um Blog.
Então criei este aqui. É isso!