Acontece cada uma...
A situação era caótica. Perplexa, olhei para cima com jeito desamparado. Que situação! Angustiada pensei que aquele momento deveria ser de silêncio total. Bastava um mínimo de atenção para sentir o constrangimento no ar. Gostaria que ninguém se estendesse em palavras; o olhar já estava mais do que suficiente para que eu me sentisse pequenininha. Estava sendo um momento compartilhado por muitos, todos atônitos, o que deveria ser reconfortante, mas não era. Ao mesmo tempo em que eu queria levantar, meu corpo estava paralisado, me sentia apertada, suja, meu suor (de nervoso) exalava um cheiro estranho, como se a podridão do mundo estivesse impregnada na minha roupa. Aí o que eu mais temia aconteceu; lá no fundo escutei uma risada abafada. Não tinha mais o que fazer, não tinha outro jeito; joguei fora a vergonha, desabei na gargalhada e pedi para me ajudarem, pois estava entalada num latão de lixo, no meio da rua.
4 Comments:
Dona Rosana, há muito de vc no que escreve. Parabéns, seus textos fluem bem e comunicam muito bem sua emoção, ao escrever. Isso se chama tino de escritor. Parabéns novamente... hallrison dantas.
Isso já aconteceu comigo, mas ainda estava na escola...
=D
Hahahaha. Já aconteceu comigo. Dei muita risada. É muito cômico.
A diferença é que não ajudei o fulano a sair do latão.
Hahahaha.
E aí, tia? Desistiu?
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