Parei de ficar só pensando e começei a escrever.

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17.6.06

Caso sério

A tal da TPM é um caso sério. Acho que todas as mulheres falam isso. É um assunto super abordado, mas que, no meu ponto de vista, não tem como cair na repetição, por mais que seja falado, discutido, estudado.É uma experiência nova a cada mês, sempre uma surpresa. Eu, pelo menos, nunca sei o que vai acontecer comigo quando ela está para chegar. Nos consome uma média de 120 dias dos poucos 365 dias do ano. Tento explicar como ocorre a mudança (pelo menos comigo) e não consigo. Simplesmente sinto que tudo mudou. Para pior, é claro! Quando acordo o olho já abre torto, quando ele quer abrir. Primeiro sinal de que ela está chegando. Deste segundo em diante, a probabilidade do mundo ficar torto pelos próximos 10 dias é de 100%. Acho que o pior de todos os sintomas é o mau humor, principalmente para quem não pode ficar de mau humor por conta do trabalho, como eu. O sorriso acaba saindo, mas o olhar deve ser de sair correndo. Lembro uma vez que estava num dia destes. Saí do trabalho num dia frio, chuva fina gelada, 2 ônibus, todas as janelas fechadas, uma suvaqueira de arder no nariz, trânsito básico das 7 da noite de São Paulo, sabendo que quando chegasse em casa ainda teria que fazer o almoço do dia seguinte para minhas filhas (que provavelmente teriam preguiça de esquentá-lo e comeriam sanduíche), que provavelmente não estariam em casa, provavelmente não teriam lavado a louça do almoço, provavelmente não teriam colocado os gatos para dentro de casa, provavelmente não teriam arrumado a sala, e muitos provavelmentes por aí a fora. É verdade, a TPM nos faz um tanto quanto pessimistas, ou ficamos mais realistas, menos tolerantes?
Finalmente cheguei em casa, molhada, vale dizer. Entrei em casa. As probabilidades começaram a tornar-se reais. As meninas não estavam. Entrei bem devagarzinho na cozinha, achando que desta vez eu poderia estar errada. Não só não tinham lavado a louça como a pia estava entupida, água quase transbordando e, pelo aspecto, toda a louça da casa suja. Foi subindo uma quentura, mas uma quentura... Atirei panela, bati na água com a palma da mão, emporcalhei mais ainda a cozinha, me molhei inteira.... Expirei, inspirei... expirei, inspirei, contei até 2045 e começei a tomar atitudes. Bom, entre mortos e feridos, apenas uma panela amassada. Pois é, é assim mesmo, ficamos a um passo da insanidade. Depois passa, e a vida volta ao normal como se absolutamente nada tivesse acontecido. E ainda nos passa pela cabeça que todos têm que entender. Hoje existem vários tratamentos para a TPM, várias estratégias para dribá-la. Tento todas; consigo controlá-la. E agora que estou mais controlada, há poucos dias leio na internet que inventaram a SPM – Síndrome Pós Menstrual!!!!