Parei de ficar só pensando e começei a escrever.

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9.6.06

Vamos às chuteiras

Muitas vezes estive a ponto de chutar o pau da barraca. Tive que respirar profundamente e pensar seriamente até onde eu poderia me arrepender, ou até onde iriam as conseqüências do meu chute. Na maioria das vezes eu apostei e continuo apostando no chute. Posso me afogar em lágrimas depois, o que não é muito difícil, mas não sei ser pela metade. É verdade, sou impulsiva, porém verdadeira. Acho tão complicado entender os meio-termos... Uma das vezes em que quis chutar, e chutei, foi quando trabalhava para o Governo, nos idos de 80. Eu queria muito mais do que estava vivendo e eu tinha que ser radical. Se eu ficasse pesando os prós e contras eu poderia perder alguma oportunidade ou mesmo não tomar decisão nenhuma. Pedi licença e abri bem meus olhos. Consegui durante quatro anos, as oportunidades apareceram, depois, para não ser demitida, tive que voltar para o governo. Foram quatro anos que fiz de tudo um pouco. Não sou de dizer: não sei fazer. Não consegui ficar muito mais tempo no governo novamente. Lembram do Café Paris? Chutei o pau da barraca de novo, fiz minha trouxa e fui embora para São Paulo, mudando minha vida radicalmente em 20 dias. Afinal de contas tinha uma missão pra lá de importante. O que faz com que eu me sinta compelida a mudanças de uma maneira não muito ortodoxa? Acho muito difícil explicar um sentimento; é algo muito abstrato. Um amigo já tentou me passar como ele sente o lado abstrato e eu tentei entender. A única coisa que entendo verdadeiramente é que quero tornar o meu abstrato no meu real. E luto por isso, pois como já disse, quero escrever a história da minha vida de maneira intensa, inesquecível. Sinto que quero chutar o pau da barraca quando começo a sentir ansiedade, quando começo a sentir que quero algo estrondoso acontecendo na minha vida. Não vim para reclamar da vida, acho que é por isso que quero tanto conhecer, mudar, inovar, sentir, experimentar. Às vezes eu chuto o pau e esqueço de chutar estando do lado de fora da própria. Acho que estas cabeçadas fazem parte da vida e são elas que nos levam a ter lembranças, independente de serem boas ou más. E se pensarmos um pouquinho até das más a gente acaba dando risada depois de um tempo. É isso. Preparem as chuteiras... estamos em época de Copa... vamos chutar pra valer.