Parei de ficar só pensando e começei a escrever.

Estou seguindo conselhos, principalmente os meus mesmos.

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15.5.06

Como começei.

Sempre gostei de escrever, desde os meus 15 anos. Como toda adolescente, tinha meu caderninho de segredos secretíssimos. Naquela época não existiam caderninhos com cadeado. Estávamos morando em São Paulo, em 1976; meus irmãos moravam com meus avós, mas sempre iam lá em casa, mesmo que não estivéssemos em casa. Eles tinham a chave, é claro; nossa casa, independente de não morarem lá, era casa deles também. Bem, num dia qualquer, um deles foi lá e achou o tal caderninho que eu tinha minhas anotações e começou a folheá-lo. Não sabia como, mas ele tinha ficado encantado com a maneira como eu escrevia, como eu colocava meus sentimentos.
Até quase meus 40 anos, eu era uma pessoa muito insegura e achava que não conseguia expressar bem o que sentia. Sentia constrangimento em expor minhas opiniões achando que os outros iriam achar uma besteira. Até que um dia, numa roda de amigos e conhecidos, alguém que mal me conhecia disse que eu era muito inteligente. Como inteligente? Eu mal abri a boca; aí ele me falou – por isso mesmo, você não abre a boca para falar besteira. Neste momento, comecei a prestar atenção aos meus pensamentos com relação a tudo que escutava, fazia uma triagem, e pude observar como determinadas pessoas gostavam de impor “suas” verdades, mostrar que suas brincadeiras eram as mais engraçadas, que tudo tinha acontecido com ela/ele de uma maneira mais intensa que de qualquer outra pessoa, enfim, vi que esse era um dos motivos pelo qual eu falava o mínimo possível. Percebia que estes fatos eram comentados aos cochichos.
Achava interessante como as pessoas me procuravam para contar suas coisas, a ponto de eu pensar em estudar psicologia, nos idos dos meus 25 anos. Depois de muito tempo percebi que exercitei tanto o ficar calada, que aprendi a escutar bastante e, principalmente, aprendi a ter paciência para escutar. Não é que eu tinha dom para psicologia, era a minha conduta até então que fazia com que as pessoas me procurassem.
Mas voltemos ao meu irmão... ele registrou sua surpresa com os meus escritos num bilhetinho que deixou dentro do meu caderninho, incentivando para que eu não parasse de escrever. Pela primeira vez, alguém estava me vendo de outra forma, diferente até do que eu pensava de mim mesma.
Mesmo com esse estímulo, tinha épocas que não escrevia nada. Passei muito tempo sem escrever.
Até que algo muito forte aconteceu e eu comecei a escrever compulsivamente. E desta vez eu tinha vontade de mostrar a alguém algumas coisas que escrevia.
Mais uma vez meu irmão me deu a idéia - crie um Blog.
Então criei este aqui. É isso!

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

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25/11/08 20:25  

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